Aconteceu há mais de 7 anos, mas levo na memória como um grande aprendizado.
Fui atender uma pessoa em sua casa que tinha ouvido falar em EFT e resolveu tentar, mais uma técnica de dezenas que não deram certo, que pudesse ajudá-la com sua dor na lombar.
Uma mulher muito alegre, comunicativa e inteligente. Antes de começarmos a sessão ri muito com ela, pois apesar de quase não conseguir sentar sozinha de tanta dor na lombar, tentava colocar humor em tudo que fazia.
Disse não lembrar quando a dor começou , mas sempre fez parte de sua vida.
Expliquei um pouco das bases do EFT e a ciência por trás da mesma. Comecei pela dor lombra em primeiro lugar, já imaginando que em algum momento iria focar na emoção ligada à mesma.
Quando batemos na mão as características eram: Dor lombar, dor que queimava de intensidade 9. No momento que fomos bater no ponto da cabeça, esta mulher mudou. Foi como um tsunami de lágrimas. O choro vinha com uma intensidade imensa e incontrolável.
Neste momento senti a necessidade de dize-lhe algo que não tinha nada a ver com sua dor nas costas.
Deixo claro que sempre que sinto esta necessidade não a bloqueio, por mais estranho e inconveniente que possa parecer para minha racionalidade. Quando trabalhamos com EFT corretamente entendemos que somos condutores de uma força maior que está agindo por nosso intermédio. Não cabe a nós julgar e muito menos bloquear esta manifestação.
Peço permissão para a pessoa para lhe dizer algo e caso não concorde que me desculpe. Senti a necessidade de lhe fazer a seguinte pergunta:
"Você já sofreu alguma violência sexual?" Ela me respondeu que sim, na sua adolescência.
Pedi que parássemos de trabalhar a dor nas costas e nos concentrássemos no evento em si. Ela prontamente concordou, pois estava tão ou mais surpresa do que eu.
Trabalhamos profundamente o evento e como resultado sua dor crônica desapareceu. Me comunico com ela até os dias de hoje e permanece sem a dor que a acompanhava há tantos anos.
O que o Gary explica é que podem ter algumas razões para a dor lombar. No momento da violência ela pode ter se apoiado na lombar e transferiu a sensação para lá ou seu subconsciente pensou : "preciso sobreviver à isto então jogarei esta dor para minha lombar".
O que aprendi nesta sessão foi que ser um instrumento do EFT demanda responsabilidade, muito aprendizado e amor pelo que fazemos. As surpresas positivas sempre serão nosso presente de recompensa.